🧠 uma reflexão
Em janeiro desse ano, eu me propus o desafio de assistir, em 52 semanas, a 52 filmes que “todo mundo viu, menos eu”. Embora tenha começado bem empolgada (vi A chegada e Oppenheimer), acabei deixando o projeto de lado simplesmente porque não conseguia me decidir qual filme assistir a cada semana. (Excesso de escolha é um prato cheio para a procrastinação, mas isso é outra história)
Então, como boa usuária das redes sociais, retomei o projeto, mas terceirizei a decisão sobre qual filme assistir no sábado e, pela segunda sexta-feira consecutiva, estou realizando uma enquete nos stories do Instagram, deixando as pessoas escolherem o filme, dentre as opções da lista.
Foi assim que vi O poderoso chefão semana passada e, hoje, Forrest Gump (ambos disponíveis na Netflix).
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A descoberta do antigo
Ainda que minha lista conte com alguns filmes mais recentes, como o próprio Oppenheimer, Moonlight, Interestelar e Tudo, em todo lugar, ao mesmo tempo, uma boa parte das opções já tem lá seus 20, 30 ou 40 anos desde o lançamento.
Nada tão antigo quanto um filme mudo em preto e branco, mas são filmes já com “cara de antigo”.
E um fato curioso que vem acontecendo, enquanto a enquete está ativa, são os constantes alertas que recebo de seguidores, de que o filme já está um tanto datado, porque os efeitos especiais “são ruins” se comparados ao cinema contemporâneo. (Certamente, quem disse isso não viu She-Hulk!)
Ok, os dois filmes que vi até agora não exigiram grandes efeitos, mas a “antiguidade” é evidente. Está estampada na produção e até em algumas atuações. E isso é maravilhoso! 🤩
Mais do que buscar entretenimento, estou adorando acompanhar a história do cinema, conhecer as versões jovens de atores e atrizes hoje consagrados e ver, em primeira mão, a origem de muitos memes que rodam a internet.
Cada um à sua maneira, O poderoso chefão e Forrest Gump criticaram a sociedade de sua época, apresentaram personagens icônicos e me fizeram pensar um bocado na minha vida e no mundo de hoje em dia.
Termino com a sensação de ter encontrado um prazer sem pressa, que se revela a mim em um tempo próprio, num ritmo diferente daquele a que eu estou habituada e que entrega muito mais do que aparenta a quem se aventura nesse mergulho.
Quem sabe o que os próximos filmes reservam pra mim? Ainda terei várias semanas pela frente para descobrir - 48 para ser mais precisa -, mas de uma coisa eu estou certa: a experiência, desde já, valeu a pena.
🎬 frase da semana
“Eu não sei se mamãe está certa, ou se o Tenente Dan é que está. Não sei se cada um tem um destino ou se só flutuamos sem rumo, como numa brisa...mas acho que talvez sejam ambas as coisas. Talvez as duas coisas aconteçam ao mesmo tempo.” (Forrest Gump)
🔗 no meu radar / você viu?
📖 Começou a Maratona Literária de Inverno, organizada pelo Vitor Almeida, e eu contei, neste vídeo, quais livros eu pretendo ler. Quem sabe, gravo um vlog com a minha jornada?
⏰ minuto jabá
Amanhã, dia 15, começamos a leitura coletiva de O estrangeiro, de Albert Camus, no meu clube do livro. O livro é um romance filosófico sobre o sentido e o absurdo da vida e promete boas discussões.
Na sequência do Clube, neste segundo semestre, temos:
Agosto: O retrato de Dorian Gray, Oscar Wilde
Setembro: O banquete, Platão
Outubro: Intermitências da morte, José Saramago
Novembro: Encaixotando minha biblioteca, Alberto Manguel
Dezembro: Tudo sobre o amor, bell hooks
Além de materiais de apoio e podcasts, comentando cada parte dos livros, você pode participar das lives de abertura e encerramento no Google Meet, e ter uma experiência como a da Míriam, que participou da discussão final de O morro dos ventos uivantes, que aconteceu na última quarta-feira.
Todo ano eu tenho a meta de assistir 100 filmes (que nunca vi), independente de gênero ou se é longa/curta.
Aliás, tem até me ajudado com a minha News 💜
Que legal, Fê! Vou pensar em algo semelhante, nem que seja para assistir CURTAS!! :)